terça-feira, 14 de junho de 2011

Sobre rótulos e pessoas 2



Quanto à necessidade de decantação, nem sempre o óbvio é tão óbvio assim... Tenho medo de errar o tempo necessário entre a abertura da garrafa e sua prova.
Uma lástima perder o frescor de um Beaujolais nouveau com o aguardo equivocado de um amadurecimento que não lhe é característico.
A distinção é necessária para que se evite sorver aos goles apressados um Bordeaux de guarda, imediatamente após retirar-lhe a rolha. Tsc, tsc, tsc... Seus aromas apenas serão liberados à perfeição com a oxigenação que o ato de decantar possibilitaria...
Se muito se aprende com os rótulos, o que fazer quando a degustação acontece às cegas? O que irá denunciar a história do que se está a consumir - as castas de uvas das quais se elaborou o vinho que se está a provar, seu terroir, o produtor, o ano da colheita, etc, etc, etc ?... Os rótulos guiam o connaisseur...
Mas, não. Não há rótulos à vista. A pergunta do dia é: preciso ou não amaciar seus taninos?


Naiana Carapeba (14/06/2011)

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