sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia inusitado



Tem dias que me viram de cabeça para baixo -
Começam soturnos e sonolentos
Para logo em seguida derraparem em colisões, pedidos de socorro e choros convulsivos...


Um suspiro - e logo o dia transborda toda a sua luminosidade
em alegria e leveza.
E tudo acontece - apesar da chuva incessante a me perseguir.
É verdade. Comigo, há sempre uma chuva, completamente fora do tom...


Enquanto isso, os milagres não cessam de acontecer.
A todos os instantes.
À minha volta.
Ainda quando não estava de olhos abertos o bastante para presenciá-los.


Não. Não era preciso ver. 
Em verdade, era necessário apenas sentir. 
No ar. Como palavras há muito esperadas...


O crepúsculo desses dias sempre se dá forma magistral:
Intensamente. Intensamente. Intensamente.
Às vezes, a magia multicolorida acontece ao som de meninos jogando bola na rua.
Basta ouvir...


E, assim, a noite cai, em seu véu espesso de veludo negro
a cobrir meu destino.
Não há paz,
Não há glórias,
Nada mais há.


Apenas a despedida.
E o prenúncio da saudade deste dia inusitado...
Em que tudo, tudo aconteceu.


Mas a vida, ah!...
Essa desnorteou-se,
Como letras que pingavam às avessas e deram, ah!
Deram muitas asas à imaginação...


Naiana Carapeba (10/06/2011)

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