domingo, 12 de junho de 2011

Reflexões de uma mãe






O quanto de nossas vidas é efetivamente planejada?
O quanto de nossos planos naufragam, sem chances de se tornarem doce realidade, em frente à realidade?
O quanto de nós morre nas planilhas, em mero planejamento, sem realização?
O quanto de nós corresponde ao que efetivamente gostaríamos que fosse?
O quanto de nós nos é efetivamente fiel?


Gostaria de corresponder aos planos que fiz para mim mesma.
Mas não.
Sou diferente. Meus planos naufragaram.
Pois quero mais. Quero muito. Quero tudo.
E tenho a quase tudo. Tudo. Tudo.
Mas a quase tudo de forma absolutamente diferente.
Diversa... Diversa mesmo.
Mesmo...


Em um destino que apenas o Divino me quis entregar.
Em provações. Lentas e dolorosas...
Ninguém mais seria capaz de tantas concessões. Tamanhas e enormes concessões...
Depois de tantos alvos alcançados. De tantas obrigações realizadas e satisfeitas. 
O que é importante ressaltar é que não dependia apenas de mim.
Doce ilusão.
O destino se fez, à minha revelia...


A opulência. A totalidade. A tranquilidade. O deixar ser, também.
E, no fundo, o nada.
No frigir dos ovos, encontro-me sozinha.
Em meus desafios. Imensos. Estou só.
Só. Só. Só...


E a vontade que tenho é de apenas fugir. Fugir...
E encontrar o futuro já realizado. Já em sua completude.
Acordar no futuro...


Podem ser apenas reflexões de uma mãe. Ou não.
O futuro, ou as lágrimas, o irá dizer. 
Ou não...

Naiana Carapeba (12/06/2011)

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