Você irá me reconhecer?
Ao cruzar com meus olhos cegos,
minha face coberta de pó -
restos de terremotos, escombros, que caíram sobre mim...
Você irá me buscar?
Ao perceber meus braços estendidos,
mumificados de tanta espera -
rígidos, inertes e, agora, incapazes de o abraçar...
Eu fugirei.
Meu eu, deserto e insólito.
Meu eu, solidão e inóspito.
Eu deserto.
Naiana Carapeba (26/10/2012)
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