Acordei e não o vi -
a luz, preguiçosa, não tinha ainda assumido sua plenitude rosa.
Esgueirava-se, precoce e tímida,
subindo por seu corpo deitado...
Acordei e não o tive -
seu cheiro, intenso e rude, penetrava fundo minhas narinas abertas.
Convidava, insistente e arrogante,
como cantiga, apoderando-se de minha consciência tardia...
Finalmente desperta, lancei-me às batalhas que o dia me entregou.
O desejo jogado num canto,
esquecido nas cobertas mornas,
na bagunça da madrugada que alvorecia, bem atrás de mim...
Naiana Carapeba (22/10/2012)
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