Seria tão fácil se todas as obras nascessem acabadas.
Mas, não. A história apenas se concretiza no seu desenrolar.
Os caminhos exigem o passo após passo.
A dança exige a música certa a tocar.
Mas nem sempre o ritmo que se propõe é o desejado.
Literalmente...
Não se esqueça, contudo, que as janelas que se abrem são as mesmas que fecham portas.
E que as frestas que permitem um vislumbre do paraíso são as mesmas que descortinam o purgatório.
O que fazer, então?
Interromper a caminhada, se a vontade é correr e correr -
E trilhar toda a trilha...
E encontrar o caminho certo.
E desvendar as estradas que se apresentam à frente, e ao lado, e atrás.
Dançar as músicas todas até o fim. Nota após nota. Em cada compasso...
E agora, o que me dizes?
Que o tombo não valeu o passo da dançarina?
E agora, José?
Agora, que a música cessou,
O que fazer se não há obras primas nesta história?
E, principalmente, como saber, se o espetáculo ainda não acabou?
Calma. Ainda é primeiro ato.
Naiana Carapeba (22/05/2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário