segunda-feira, 30 de maio de 2011

Impulsos



Ao desmaiar da tarde,
Cederam meus impulsos homicidas.
Toda a intensidade de um dia
Esvaiu-se com a dissolução do horizonte, em sua paleta rosada.


Resoluções e imperativos tão definitivos
Eram agora um nada.
Relativizaram-se, pois me pesara nos ombros a percepção de que nada poderia exigir
Se nada desse em troca.


Impulsos. Mulheres sempre os têm.
Difícil é saber o que esconde a alvorada seguinte -
Nascerá com a madrugada novo instinto assassino?
Será o crime imaginado, em algum momento, efetivamente interrompido? Consumado? Meramente tentado?


Matar ou morrer -
Só se for de amar...


Naiana Carapeba (30/05/2011)

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