Tive um relance de nossas vidas,
por detrás das janelas de casa,
enquanto a chuva caía, copiosamente...
Meu ser, desfragmentado -
dissolvendo-se, conquanto abrigado da tempestade.
Molhado, embora apenas mirasse a precipitação.
Alheia a meu comando,
alienada de todos imperativos sociais,
a vontade de atravessar a janela
consome meu ser...
Mas nada importa,
pois, ao fim do dia,
as porteiras são fechadas,
as janelas são cerradas.
E, apenas meus olhos ainda enxergam, embora fechados.
Naiana Carapeba (14/05/2011)
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