segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ei, menina...



Ei, menina... E, agora?
Você vive seu verdadeiro amor?
Aquele primeiro, grande, magnífico, incomparável amor?
Agora que você mergulhou de cabeça, de verdade,
diga aqui (só para mim), se ele é mesmo tudo,
tudo aquilo que você sonhava...



Ei, menina... E, agora?
Você encontrou o que procurava? 
Agora que você desembrulhou o presente, fico curiosa:
Essa aventura está garantindo o mínimo de diversão para valer o título?


Ei, menina... E, agora?
Os dados foram lançados...
Mas, você ganhou o grande prêmio? 
Seria uma pena desperdiçar tanta juventude...
... com alguém que não merecesse você.


Ei, menina... 
Abra suas asas de borboleta.
E, percorra todos os caminhos. Todos.
Você merece tudo: não se esqueça disso.
Jamais.


Ei, menina...
Você ainda pode tudo.
...E, isso, isso não tem preço.
Você é o grande prêmio. Saiba disso.

Ei, menina...

Vou cometer uma inconfidência:
Eu gosto mais de você agora. 
Que você já sabe o que quer.
Viu? Era só estender as mãos... E pegar.


Tudo ficou mais fácil.
O tudo, agora, é nada.


Naiana Carapeba (31/10/2011)

2 comentários:

  1. Seu talento com os versos é fenomenal.

    Essa bem que parece a versão: E agora, Maria? rsrs
    pois me remeteu ao "E agora, José?", do Drummond.

    Parabéns! Gostei muito.

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