Naquela noite aconteceu
de ter um sonho atribulado,
com o sinistro que ocorreu
que me deixou grilado.
Tomei duas taças de vinho
para amenizar minha sede.
Após descansar numa rede,
presenciei um descaminho.
Nessa noite promissora
uma felina determinada,
resolveu que era hora
de enfrentar certa parada.
Como quem nada quer
essa misteriosa mulher,
silenciosa como serpente
apareceu assim de repente.
O vulto na beira da piscina,
transbordante de adrenalina,
qual onça pintada ladina,
afiava suas garras na surdina.
Doído como dor de açoite
um grito entalado no peito,
rompeu o silêncio da noite
desafiando qualquer preconceito.
Mulher preparada pra lutar
utilizando o que lhe é de direito
liberou com carinho e jeito
sua vontade de amar!
Maércio Carapeba Monteiro
(dez/2012)
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