sábado, 1 de dezembro de 2012

O tempo e a cura


Você sabe quanto tempo foi gasto até eu me curar?
Quanto tempo de vida perdi
até que me fosse possível lembrar de nós
sem vacilar, sem marejar os olhos?
Você tem a mínima idéia do quanto necessitei arrastar-me,
até ter-me de pé novamente?
O tanto que me custou até que estivesse novamente inteira,
sem você?

E, agora, você me aparece de novo,
apenas para anunciar que está realmente de malas prontas...
E, agora, você me encontra de novo,
e me encanta de novo, 
apenas para ir para o outro lado do universo, de novo...

Você é apenas um imaturo,
fazendo coisas estúpidas -
matando-me tão lentamente quanto possível.


Naiana Carapeba (02/12/2012)

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