sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Auto-retratos



Embora sem manchas de tinta,
trabalho a luz e a sombra -
e os reflexos do meu olhar... 

As imagens se formam,

refletindo-me nos lugares por onde andei.
Ao sabor dos objetos que me capturam e que me laçam.

Não são literais.
Marcam-se, apenas.
Em traços.
Em sombras.
E vultos - 
que ganham autonomia ao se soltarem de mim.


O instante congelado.
O momento eternizado.
Exato.


A imagem que me delineia.
Que me insinua.
Que me possibilita a posteridade, 
em minhas delícias ou minhas desgraças.
Como um Rembrandt contemporâneo...

Naiana Carapeba (03/02/2012)

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