Meu reinado interrompido
por uma guilhotina enferrujada a trabalhar.
Uma carruagem cruza a rua e se sacode, sem diplomacia -
os cascos dos cavalos que a puxam batem ritmados no chão de paralelepípedos.
Tochas iluminam as ruas imundas,
onde meu reinado queda inerte -
encerra-se uma dinastia sem glória ou descendência.
Os candelabros nas mãos dos insurretos
permitem-lhes insultar-me impiedosamente.
Dos seus lábios carmim escuto gritos -
ordens estridentes emanadas de um rei posto.
Naiana Carapeba (17/02/2012)
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