Lentamente, escorrega-me a alma
fugidia, pela sola dos meus pés gelados -
paralíticos - consumidos no medo da sua ausência.
Iminente, a solidão se apodera dos meus pensamentos.
Vagam e evanescem os vestígios de nós dois -
dissipam-se à medida que surgem novas paisagens em seu horizonte.
Sob um céu límpido turquesa,
as correntes que jamais nos prenderam partem seus elos.
Suaves e frágeis tentáculos de uma hera primaveril -
meras lembranças que vagam num interminável solstício de inverno.
Lentamente, escorrega-me a alma
vazia, derretida a pingar de minhas orelhas -
surdas - incapazes de atender ao chamado de uma vida que continua, à minha revelia...
Naiana Carapeba (18/02/2013)
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