O homem que fazia chover
abandonou todos os seus caminhos.
Encharcado, deixou a água lavar seus pecados.
Deixou para trás sua identidade,
seu passaporte, sua conexão de internet e seu celular...
O homem que fazia chover
rasgou seus próprios retratos.
Reinventou-se, redesenhou seu maxilar.
Deixou nascer novas coberturas
sobre sua pele, sobre seu corpo, sobre sua vida...
O homem que fazia chover
fez desaparecer seus rastros.
Esvaziou todos os espaços, fez o nada crescer à sua volta.
Deixou novas escolhas se concretizarem,
um novo clima, numa nova existência...
Será que vai chover?
Naiana Carapeba (20/01/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário