Nada mais há a surpreender:
Os meus inúmeros disfarces não são mais secretos.
Minhas capas trocam de cor.
Trocam o tom.
Dão vida à vida.
Tão em trilha,
tão em seu retilíneo compasso.
Nada mais há a imaginar:
As minhas intimidades estão todas à mostra.
Minhas letras trocam de fonte.
Trocam a forma.
Dão movimento à música.
Tão em curso,
tão em seu monótono ritmo.
Nada mais há a escutar:
Minhas boas novas não são tão boas, nem assim tão novas.
Minhas canções trocam de boca.
Trocam o microfone.
Dão som ao baile.
Tão sob seus refletores,
tão em seu picadeiro palco.
Naiana Carapeba (14/01/2012)
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