Quantas vezes vi seu barco novamente aportando nesta praia?
Regresso a velhos hábitos perniciosos...
Ao túmulo que habito desde sua derradeira partida...
Não há ondas a salgar meus pés.
Estão fincados na areia seca?
Terra firme onde sepultei meus restos de ilusões...
Sua embarcação pende ao meu redor.
Seu balanço me convida.
Em volta, tudo é solidão.
Não há outras vítimas à sua espera...
Imóvel, assisto a seu espetáculo sombrio.
Permaneço rígida, firme, fria.
Um cadáver: minha melhor definição.
Naiana Carapeba (12/03/2012)
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