À noite, as vidraças são escurecidas por sua sombra
a perseguir-me em meus sonhos...
Vidros negros derretidos
pingam gotas orvalhadas em minha superfície turva.
Há um hálito quente a exalar de minha boca.
À noite, os tormentos livres a vagar
misturam em mim toda a sua morbidez...
Fantasmas dançantes
balançam seus vultos em minha memória escarnecida.
Há um arrepio gélido a me calar o grito.
À noite, as fantasias caem junto com sua máscara
a disfarçar tanto ressentimento que o consome...
Capas acetinadas e pálidas
ressaltam os ossos a furar sua pele.
Há um peso imenso a me paralisar completamente.
Naiana Carapeba (06/03/2012)
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