sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fear




Are you afraid of me?
I'm crazy about you -
but I'm no totally nuts, you know?
So follow your dreams...
Fly with no fear...
Live the adventure of a secret spy -
with all the necessary glory -
wear a 007 tuxedo and drink your martinis.
A really beautiful blonde girl is waiting for you...
And when all that lunatic archetype is over, please, come back to me.
Do not forget about us.
Don't you ever forget about us.
Cause I'm crazy about you.
But I'm no totally nuts.
Be always aware of this huge difference ...


Naiana Carapeba (30/11/2012)


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fome


Tinha fome.
Não propriamente de comida,
mas do corpo dela - e de sua boca.

Há tempos não a sentia assim,
indefesa e inteira, em seus braços -
há tanto sem abraços...
Um ano sem sentir o seu corpo,
procurando-o por todos os lugares -
há muito sem o encontrar...

Tinha sede.
Não propriamente de água,
mas de champagne - e de sua saliva.

Fome de encontros.
Encontros, encantos, feitiços -
e sempre uma chuva mansa a cair atrás da janela.

Naiana Carapeba (28/11/2012)

Modigliani

(Modigliani - Self-portrait- 1919) 

“Do you know what love is?
Real love?
Have you ever loved so deeply that you would condemn yourself to an eternity in hell?
I have".

(Modigliani - The film)

"Você sabe o que é o amor?
Amor de verdade? 
Você já amou tanto que se condenou à eternidade no inferno?
Eu amei".

(Modigliani - Paixão pela vida)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Banimento


A solidão me invade a alma.
Denunciada e, sem defesa, 
submeto-me à pena de banimento que me foi imposta.
Reflexo sempre e sempre repetido
das ofensas que minha presença conquistou -
vida tão complicada,
em opiniões acidamente explícitas...

Executada, quedo após ter sido julgada.
Presa indissoluvelmente aos efeitos
de minha continuada revelia....

Perdoem-me.
Se é certo que não compareci para apresentar minhas razões,
também o é a existência de muitos e tamanhos vícios.
Frutos de mal-entendidos que reuni à minha volta -
pisadas sempre firmes,
em resoluções tanto quanto indelicadas...


Naiana Carapeba (26/11/2012)

sábado, 24 de novembro de 2012

Confusão



Não me confunda com tantos tipos que passam pelos seus caminhos...
Não me confunda com tantas histórias que rondam sua cabeça...

Não me confunda...
Erra-me.

Naiana Carapeba (24/11/2012)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Perdas e danos


A chuva desaba em mim -
e deixa tantas perdas e danos a administrar...

Não há nada além do céu a despejar seus insultos.
Não há mais bênçãos.
Não.

Apenas a tempestade me encharcando -
e uma sensação amarga de que a vida me foi carregada pela correnteza...


Naiana Carapeba (19/11/2012)

domingo, 18 de novembro de 2012

Quer, não quer


Quer, não quer... 
Quem não quer?...
Bem me quer, mal me quer... 
Bem me quer, nem me quer... 
Quer?

Naiana Carapeba (18/11/2012)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Obrigada


Ei, eu queria agradecer...
Por tantas bênçãos que, de pronto, não consegui identificar.
Apesar do preço vil que você pagou ao arrematar meus bens.
Obrigada por levar o meu bem...

Desculpe a demora da gratidão,
mas as lágrimas que me turvavam a vista
não me permitiram identificar imediatamente
quantas graças me presentearam com a ausência que você me proporcionou.
O tanto que ganhei com a falta que você me impôs.

No início, agarrei-me às pernas que me deixavam
- e lamentei e me arrastei e supliquei -  
entregando, como imposto, o meu sexo, o meu corpo e o meu desejo sonolento.
Em vão e inutilmente...

Em vão, mendiguei amor.
Implorei por tudo e tanto que deveria receber gratuita e voluntariamente.
Por migalhas.
Por quase nada.

E, por isso, eu queria realmente agradecer...
Pelo alívio que corroeu, no instante que você levou o meu bem, minhas correntes de escrava em perversa submissão.
E, então, livre e solta, reencontrei o desapego de quem ainda tem toda uma vida pela frente.
Recompus-me em leveza e frescor.
Finalmente, descobri que eu posso muito mais do que você...

Você...
Ah! Você...
Lançada a uma aventura cuja preço aviltante você ainda não pode quantificar.
Mas as escolhas foram feitas por você.
Elas residiam em suas mãos. Apenas em suas mãos.
E, nem mesmo a visão de toda a destruição que você iniciou,

impediu-a de invadir o meu campo, em  marcha marcial.
Iniciando batalhas que eu sequer imaginava existir...
Dando cabo a penas que não me permitiam progressão de regime...

Mas os dias se sucederam,
e eu pude vivenciar tantas bênçãos.
Agradeço por me permitir espantar o cotidiano tédio,
obrigando-me a espanar a poeira que me cobria inteira...
E a trilhar novas trilhas.
E a virar novas curvas.
E a descobrir novas estradas.
Reinventar-me, enfim.

Por isso, obrigada.
Você me libertou do ônus da oferta -
apesar da recusa certa e solene. 
Presenteou-me com liberdade,
e tantas e tantas novas oportunidades. 
Obrigada por levar o meu bem...

Sem ele, estou livre de amarguras -
e do peso imenso de uma âncora fundamente fincada no Cabo das Tormentas.
Obrigada por me libertar de mãos que me sufocavam a ponto de eu não mais perceber minha vida a se esvair tão lenta e continuamente...

Quanto a você, desculpe, mas não há boas notícias...
Eu sei o seu destino de cor.
E, sinto muito que eu possa dizer, de antemão,
que ele é muito menos glorioso do que supõe a sua vã filosofia...


Naiana Carapeba (13/11/2012)




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Objetivos



De tanto procurar, um dia se encontra
o que se ansiou demasiadamente -
até a alma cansar.

De tanto atirar, um momento se acerta
o alvo que constantemente mirou -
até o olho cegar.

De tanto almejar, finalmente se alcança
a peliça para alisar incessantemente -
até a mão sangrar.


Naiana Carapeba (12/11/2012)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Reflexões


Ainda que eu não o temesse,
o certo é que senti o fôlego faltar quando o vi:
Diferente. Seguro. Quase prepotente.
E, mesmo assim, completamente equivocado...

Ainda que eu não lhe quisesse mal,
o certo é que senti o seu ódio refletir em mim:
Direto. Indubitável. Funesto.
E, ainda que distante, senti-me mortalmente ferida...

Sua presença fez-se impor
- à revelia de todos que lhe custaram tanto um dia -
e a de todos aqueles que você também trouxe consigo.
Tudo a denunciar novas escolhas, novos caminhos trilhados -
e tantos e tamanhos enganos...

Naiana Carapeba (05/11/2012)

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