Nos meus caminhos não há fábrica de amor.
Reputo impensável forçar um sentimento em outrem.
Seria possível aprender a sentir?
Como se aprende um novo idioma, nos exercícios maçantes das gramáticas que se nos ocupam os espaços por sob os braços...
Como se aprende a tocar um instrumento, nas repetições infindáveis das notas que não desfiam nenhuma única melodia...
Como se aprende a andar, apoiando-se nas mãos que nos emprestam o equilíbrio a nossas pernas ainda falhas a fracassar...
Não. Nos meus caminhos não há fábrica de amor.
E, por isso, deixei-o seguir outros destinos...
Deixei-o passear em outras enseadas...
Dei-lhe a permissão que não me pedira para se afastar, enfim...
Sua vida segue, sem cessar.
E eu permaneço.
Intoxicada pela fumaça que sua rejeição produziu e me fez inalar.
Naiana Carapeba (03/03/2012)
Hoje, lendo o seu texto a impressão que tenho é que me traduzistes... 'Intoxicada pela fumaça que sua rejeição produziu e me fez inalar'... forte isso, mas é como estou me sentindo e não sabia explicar... você é demais Naiana!!! Boa páscoa!!!
ResponderExcluirConcordo com a Cassia! Amo sua escrita!! Que força que tem! Abraços!!!
ResponderExcluirCassia e Simone, espero que a Páscoa tenha trazido muita paz e reflexão a vcs, como a mim. Obrigada pela leitura sempre atenta!
Excluirestou conhecendo agora teu blog, mas me vi nele numa passagem como esta. também passei por tudo isso não há muito. e a dor só deixa de doer quando ela deixa de doer. o único jeito? sentir a dor, deixá-la doer até o final...
ResponderExcluirMaíra, seja bem vinda!
Excluir