Preciso calar minha voz -
e fazer coro com o silêncio de meus sentimentos.
Acordei, mas, à minha volta, o ar gelava meus atos.
Sentei-me, então, sentindo toda a densidade
de minha pausa emocional.
Acordei meus olhos cegos,
que miravam a você dentro de mim -
Em fuga,
em espiral,
em devaneios,
em seu fim.
Preciso calar meus anseios -
Por passeios em parques vazios,
por névoa encobrindo o acostamento,
por um arco-íris monumental...
Nada há a encontrar.
Meus passos não tem o que seguir.
Escutei o som ritmado do fôlego -
que me falta.
Faltei às aulas e perdi o aprendizado -
que me abre lacunas.
Como feridas dilaceradas -
em meu corpo.
Como cristal quebrado -
sem conserto possível.
Meu concerto é em dó maior.
Naiana Carapeba (13/09/2011)
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