Ontem sonhei com você.
Seu corpo se consumia como vela em chama.
Gotas de cera desprendiam-se de seus olhos,
derretendo-se como lágrimas de pavor.
O fogo, pouco a pouco, o subjugava.
Levava consigo toda a sua beleza de menino -
da cabeça aos pés - lentamente, continuamente, sem perdão...
Seus pés, fincados como uma estaca ao solo,
eram incapazes de o salvar.
Assistiam a tudo imóveis, inertes, cansados...
Seu aroma subia ao ar,
dissolvendo-se no ambiente.
Transformava-se em fumaça -
sufocava.
E, então, foi como se você jamais houvesse existido.
Como se jamais houvesse sido você.
Naiana Carapeba (20/08/2012)
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