As marcas do incêndio ainda estão em suas mãos,
em seus braços sem abraços,
em sua nuca sem perfume,
em seu rosto desfigurado.
As marcas de sua displicência incrustaram-se em tudo,
em minha vida, sem escolhas,
em meus caminhos, desencantados,
em minhas músicas, silenciadas.
Suas cicatrizes enredaram-se em meu corpo,
penetraram-no fundo,
e trouxeram dolorosas recordações à minha mente.
São marcos. São sinais. São vestígios.
Da sua presença ausente.
Da sua ausência presente.
Restaram cicatrizes.
Nada mais...
Naiana Carapeba (12/12/2011)
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