Abraço-me à minha solidão.
Paro em um cais que não leva a nenhum lugar:
apenas se posta diante de mim.
Imóvel. Inerte.
Pontes ceifadas que não servem para nenhuma finalidade. Nenhuma. Nenhuma.
As águas frias passam por mim,
num contínuo movimento que meus olhos não percebem.
Não sinto nada. Não sinto nada.
A minha tarde é repleta de solidão.
E de cais.
Naiana Carapeba
(19/01/2016)
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