Era fácil compreender as escolhas que ele tinha feito -
embora todas elas estivessem erradas.
Olhou para ela, com uma sombra nos olhos:
"Apesar dos seus problemas, você ainda é bonita".
Seu corpo transbordava desejo.
Ele assassinava o quanto de sentimento ainda havia nela.
Apunhalava suas lembranças, tornando sujos os momentos que partilharam.
Desnudava-se, impaciente.
Tinha pressa em se satisfazer.
Melancolicamente, ela percebia que sua falta de tato era proporcional à certeza que ele tinha de a possuir, completamente.
Então, ele não mais perdia tempo com detalhes, com mentiras, com engodos.
Estava ali. Era o quanto bastava.
... Ou não?
Não. Não era o bastante. Não para ela.
Então, ela se cobriu - era inteiramente pudor.
Negou-se.
Cerrou-se, gélida.
Era fácil compreender as escolhas que ele tinha feito -
embora todas elas estivessem erradas.
Ela só não precisava mais partilhar disso.
Naiana Carapeba (31/07/2013)
Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
ResponderExcluirreparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.
Obrigada, António Jesus Batalha, pelo carinho. Passe sempre, pare e dê-me o prazer da visita...
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