segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Melancolia


Como o uivar do vento nas frestas da janela,
Como a cantiga solitária dos pássaros ao final do dia,
Como as melodias tristes da tradição portuguesa,
Assim eu sou.


Há eventos que me marcam -
E condicionam meus pensamentos, meus versos,
Apagando todo o resto...


A melancolia fez esvanecer as vitórias
Das batalhas que a vida me impôs.
E me calejou as mãos,
E me danificou a alma,
E me entorpeceu os sentidos.


Restou, ao fundo, o som ritmado das ferramentas
De uma história em permanente construção.


Naiana Carapeba (19/02/2011)

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