quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Travel light with kids



Todas as vezes que viajo, ouço a mesma coisa:
"Você viaja com malas tão pequenas!
Como você consegue?"

Simples: após muitas brigas com meu marido, após tentar e conseguir praticamente levar a casa inteira nas costas,
resolvi radicalizar ao contrário...
Resolvi que não iria mais despachar bagagem.
Mesmo considerando os limites ridículos que as cias. aéreas nos impõe à bagagem a bordo.
Mesmo após o 11 de setembro...

Foi um exercício interessante!
Muito "desapego"!
Quase um caminho de Santiago... kkkk

Verdade! Com  o passar dos anos, aprendi a viajar light.
Mesmo indo para o exterior.
Mesmo levando minhas crianças.

A primeira foto é a da minha bagagem completa,
para uma viagem ao exterior, seja em clima clima quente, seja para o inverno europeu.

Verdade. já viajei em janeiro para o inverno europeu
e continuei "on board"...

Desta vez, sigo para um destino mais quente...
Flórida, nos EUA.
Tradicional viagem de turismo Miami e Orlando

Abaixo, a foto de minha mala e as dos meus dois filhos.
Verdade! Eles viajam com a mesma mochila que usam diariamente para ir à escola... Todas "on board"!

Ah! E uma das malas está seguindo praticamente vazia, com apenas com duas outras bolsas dentro, que irão voltar recheadas de novidades...

Mágica? Mentira? Não mesmo...
Como eu consigo? Simples...


Primeiro, foi necessário me adequar às normas das cias. aéreas: levar líquidos em sacos plásticos, com fecho tipo zip ou zíper, em embalagens que contenham até 100ml cada. Comprei vários e vários potinhos transparentes
(em farmácia) e os encho com shampoo, condicionador e sabonete líquido da Johnson, para as crianças, além de levar um sabonete em barra, também da Johnson.

Para mim, levo um kit da L'Occitane, com todas as frescurinhas que gosto de usar. E todas passam sem problemas pela fiscalização suuuuper rígida americana!
Levo também um secador bivolt portátil, mas potente, e a mesma escova que uso diariamente para secar as madeixas, nada portátil...



Esses itens são guardados numa bolsinha da Kipling, que se encaixa perfeitamente sobre a minha mala PP...



Também aprendi a usar uma bolsa adequada para viajar. Totalmente diferente do que uso no dia-a-dia...
Nada pesada. Transversal. Que combina com tudo e não atrapalha minhas longas caminhadas. Que não deixa faltar nada, ainda que siga apenas com o básico:
kits de maquiagem e de pincéis, ambos da Dior,
carteira com dinheiro em espécie e cartões,
óculos de sol Rayban tipo aviator e passaporte...

A vantagem? Usá-la sem peso e sem desconforto durante toda a viagem. E, na volta, passar para a alfândega com um modelo novo, sem quaisquer problemas.

O que eu faço com a minha pequena Victor Hugo?
A bolsinha volta dentro da minha mala PP, lá no fundinho,
sem quaisquer apertos...



Abaixo, os kits Dior de maquiagem e de pincéis,
abertos, e os guias de Orlando...




E todo o resto que vai dentro da minha mala PP:
um vestido envelope de algodão vermelho, Bob Store;
um vestido de seda estampada, Bob Store;
um vestido casual, Farm;
um vestido mais sofisticado, também Farm...
duas camisetas Ralph Lauren (preta e branca);
uma camiseta Holister;
um camiseta cinza com cristais;
uma camiseta preta Zara;
um blusa com estampa geométrica Bob Store;
uma camisola;
havaianas;
um bikini Água de Côco;
capa de chuva Disney;
boné da Minnie Disney;
um short de seda Bob Store;
um short alfaiataria;
calcinhas e soutiens...



Lá vai a mágica: 
Primeiro, o vestido vermelho e os shorts...



Os vestidos de seda do lado "de cima" da mala,
as camisetas do lado "de baixo"...




As sandálias havaianas devidamente embaladas, na parte inferior da mala, o saquinho com lingerie por cima...



A camisola e o bikíni...


Finalmente, os bonés temáticos (meu e das crianças) por cima (e sem apertar!)...




Fechando...


Claro que levo meu Ipad, com a capinha Gucci,
para uso no avião e na viagem...


Voilá...


Depois, passo à mala das crianças...

Coloquei tudo das duas crianças na mesma mala minúscula...
Tudo em igual quantidade para eles,
cada um leva duas pólos,
três camisetas de algodão,
uma camiseta de dry-fit
(para levar para os parques de Orlando 
e trocar em caso de ficarem molhados
em algum brinquedo),
quatro bermudas de algodão/sarja
(duas listradas, duas lisas),
um short de tacktel
(também para levar aos parques),
sunga, cuecas, meias...


Na segunda mala, que vai quase vazia,
apenas uma bolsa da Kipling
(do modelo para mamães,
que estou levando caso
tenha algum surto consumista), 
e uma mochila da Kipling
(para levar aos parques com garrafinhas,
mudas de roupa,
filtro solar e guias)...



O boneco do lagarto malvado
do último filme do Homem Aranha,
para o pequeno brincar no avião...



E, novamente, outra bolsinha da Kipling,
idêntica à que usei para colocar os itens de higiene,
agora com o que acho essencial numa viagem
ao exterior com crianças:
todos os remédios que possam ser
usados e que você certamente
não conseguirá adquirir com
facilidade no exterior... 
Claro, todos devidamente receitados
pela pediatra das crianças -  just in case...



Taí a minha receita para uma viagem light...
Todas as malas lindas, sem estarem estufadas,
adequadas à legislação das cias. aéreas...

Quais as vantagens?
Muitas!
Chegar primeiro na imigração e não enfrentar fila.
Viajar sem medo de extraviar bagagem.
Ir mais tarde para o aeroporto.
E, em caso de viagem em território nacional,
fazer o check in pela web e seguir direto
para o embarque: não tem preço!!!



A última dica: e os sapatos? e o jeans? e os casacos?
Sapato, no pé.
Básico e super confortável, por favor.
No meu caso, uma sapatilha preta da Capodarte.
As crianças, com tênis, óbvio.
Vão calçados. 
Os jeans, todos de jeans, vão no próprio corpo.
Assim também os casacos.

Mas... E se eu sentir falta de alguma coisa?
Fácil: como eu não estou indo para a selva, eu compro.

E o salto alto?
Já está na lista de compras... kkk

E deste modo tenho viajado sempre "on board".

Espero ter apagado alguns medos da sua cabeça. 
Tente você também da próxima vez.
Tenho certeza de que vai gostar.

E se der um surto consumista,
há sempre uma loja de malas,
onde você pode comprar um
daqueles modelos XXXGGGG
e encher de compras... 

Claro, se o seu cartão de crédito aguentar.

Bon voyage...

Naiana Carapeba (20/09/2012)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cliché



Posso soar cliché, mas sonho com muitas moradas -
New York, Paris, London...
As avenidas que percorro não são capazes de me conter.

Quero habitar New York -
perder-me em seu Central Park.
Assistir a shows de jazz -
cansar-me pelos corredores do Met.

Quero deliciar-me em Paris -
descer os milhões de degraus à frente da Sacre-Coeur.
Seguir o leito do Seine -
embriagar-me de fumaça e beleza em seus cafés.

Quero bailar por London -
lançar-me em sua inebriante Broadway.
Contornar a Trafalgar Square -
consumir-me, louca, em um de seus pubs.


Naiana Carapeba (18/09/2012)


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

I'm sorry



Você apenas merece gentilezas
Você apenas merece canduras

Não há espaço para rudezas
entre duas amigas

Desculpe-me.

Naiana Carapeba (13/09/2012)

Voyages



On pensait au voyage,
On rêvait de voyages.

On n'imaginait pas
Que plus tard, n'import où,
Parmi les continents,

On ne serait jamais
Emporté aussi fort.
Aussi loin qu'ici même
Dans la prairie,

Rien qu'à voir les lumières
Qui tranquaient l 'horizon.


Eugène Guillevic

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O abençoado




Sua presença me descortina uma visão do paraíso.

Então, faço-me entregue sob seu olhar dourado -
o sangue a me esquentar o corpo por inteiro,
docemente...

Seus lábios me concretizam uma experiência única,
indescritível.


Então, peço, clamo por suas bênçãos -
a tensão a me destruir a consciência perdida,
enlouquecidamente...

Naiana Carapeba (10/09/2012)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Rendez-vous

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=255580917806415&set=a.140851502612691.16082.100000635261065&type=3&theater
Justo agora que estava tudo acertado
para que houvesse nosso rendez-vous,
definitivo e marcante,
você novamente me escapou...

Justo quando estava tudo cronometrado
para que acontecesse nosso rendez-vous,
súbito e palpitante,
você mais uma vez me abandonou...

Não há outros álibis capazes de justificar tantos atrasos.
Minha vida não espera nenhum novo momento.
Não posso ficar a segurá-la pelas pontas,
como um chapéu que foge ao vento de uma tempestade...

Caríssimo, nosso rendez-vous padece de ausência.
Faltou-me tudo. Falhou-me você.
E, faltando-me você,
falha-me a vida inteira.


Naiana Carapeba (04/09/2012)

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