Construí pontes
que me levaram a lugares onde novos sonhos seriam realizados.
Cada dormente
foi apoiado sobre antigas vivências que me fizeram mais forte
e que me tornaram quem eu sou agora.
Muitas vezes, tenho a sensação de já ter cruzado este mesmo rio.
Mas eu estava dentro da correnteza...
Ainda assim, sinto o mesmo frio gelado me percorrendo os pés molhados.
Apesar de seguir pela superfície, sinto as mesmas ondas e os mesmos fluxos invadindo minhas pernas.
E é o mesmo brilho em sua superfície que me ofusca os olhos.
Vou me sentar à beira desta estrada suspensa...
Vou me embalar ao som desta ventania...
Vou me renovar como se fizesse parte deste ciclo de vida e de água...
Pontes...
Vão me levar para onde?
Naiana Carapeba (03/01/2012)